As bicicletas parecem realmente se multiplicar nas ruas de Londres. É cada vez maior o número de pessoas que decide ir trabalhar de bike, uma opção de transporte não apenas saudável, mas ecológico. Mas, ao mesmo tempo em que as bicicletas ganham um número crescente de adeptos, intensifica-se o debate sobre a segurança dos ciclistas: somente em 2013 já aconteceram 14 mortes de ciclistas envolvidos em acidentes de trânsito.
Existe mesmo uma certa rivalidade entre motoristas e ciclistas nas ruas de Londres. De acordo com o que tenho lido na mídia, muitos ciclistas têm abusado de manobras perigosas e até mesmo irregulares, como cortadas ou avanço no sinal fechado. Eu mesma, na minha última viagem à Londres, semana passada, presenciei motoristas irritados dando bronca em ciclistas que não respeitam as faixas para bicicletas e se misturam ao trânsito, pilotando e ziguezagueando entre os veículos. É claro que há motoristas imprudentes também que - imagino - não têm paciência com os ciclistas.
A morte dos ciclistas, além de uma tragédia para familiares e amigos das vítimas, representa um forte revés para o prefeito de Londres, Boris Johnson. A proliferação das bikes pela cidade é uma de suas marcas registradas; desde 2010, a Prefeitura - em parceria com um banco - disponibliza centenas de bicicletas aos interessados em pedalar em diversos pontos da cidade. A iniciativa - semelhante a de algumas cidades brasileiras, como o Rio - é bem bacana mesmo: ao pagar uma taxa de 3 libras pelas chaves (e uma libra por hora de uso), o usuário pega a bike. O pagamento é feiro por meio de cartão de crédito, num dispositivo eletrônico nos 'bike points', onde você pega a bicicleta.
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